terça-feira, 20 de setembro de 2016

CATEQUESES NA PRISÃO

Hoje publicamos no perfil um testemunho que apesar de longo, é simplesmente impressionante e muito especial! Não deixe de ler até o final e compartilhe com os irmãos :D
COMO TUDO COMEÇOU
“ Me chamo Pasquale e sou da primeira comunidade neocatecumenal da prisão de Poggioreale, em Napoles” assim inicia o testemunho extraído do livro ‘Na prisão, mas livre’. O livro conta um testemunho forte de conversão através das catequeses de evangelização realizadas pelo Caminho Neocatecumenal.
Cerca de oitenta presos participavam dos encontros de catequese na prisão. “Falaram desse tal de Caminho Neocatecumenal, de um tal de Kiko Arguello, falavam também da Virgem Maria porém nada disso me impressionava pois minha única vontade era sair da prisão” explicava Pasquale. Pensava em tudo aquilo que faria fora, achava que teria que vender drogas e queria roubar as pessoas para ter dinheiro.
Os catequistas asseguravam em suas pregações que o Senhor liberta a pessoa de suas escravidões, porém Pasquale não acreditava nisso “ Achava que diziam apenas asneiras! Nada daquilo me importava. Porém durante as catequeses estava nascendo algo dentro de mim, a cada catequese que eu escutava eu tinha a impressão de que o Senhor queria fazer nascer algo dentro de mim, mas muitas vezes eu não aceitava essa realidade.” Admite Pasquale. Seus amigos de cárcere perguntavam a ele porquê ele ia toda semana escutar essas “besteiras”, e o Senhor continuava realizando sua obra. “ No fundo, eu tinha a certeza que havia uma profunda necessidade de Deus em mim, porquê na prisão é muito difícil escutar a palavra de Deus, lá todos pensam que ir á igreja é uma vergonha.” Pasquale não havia feito a primeira comunhão e jamais havia se confessado.
UMA CONFISSÃO QUE TRANSFORMOU A SUA VIDA
Durante a celebração penitencial que se realiza durante as catequeses iniciais Pasquale tinha muito medo, medo de ser julgado, medo da vergonha de confessar os seus próprios pecados. Algo aconteceu dentro dele, porquê, sem se dar conta se encontrou diante do presbítero para confessar pela primeira vez em sua vida, e também pela primeira vez sentiu o amor de Deus, este amor que passa por cima de todos os pecados e os perdoa. “ Eu achava que minha vida não tinha mais valor e que estava acabada, porquê sempre fui julgado pelos tribunais e sempre fui condenado a estar na prisão. Mas naquela celebração penitencial eu vi que apesar de todas as maldades e todo mal que havia feito ás pessoas, inclusive vendendo drogas á jovens inocentes... Deus me perdoou, compreendi que o Senhor não condena nunca.
O PRIMEIRO PASSO
Pasquale logo percebeu que quando saísse da prisão o mais importante seria a família, e não o dinheiro. “ Eu achava que o dinheiro era tudo na vida, porém o Senhor me fez entender que teria que trabalhar e que não podia voltar a roubar e vender drogas.” Segundo ele mesmo, o mais bonito era quando sua mulher ia visitá-lo e ele contava para ela sobre as catequeses. Ela o escutava com muita atenção porém pensava que Pasquale tinha enlouquecido completamente! “ Eu dizia que quando saísse da prisão, faria a primeira comunhão e depois me casaria com ela na igreja, porém minha esposa não acreditava” diz ele.
Pasquale passava dia e noite pensando em formas de deixar a prisão o mais rápido o possível, e quando um juiz disse que ele poderia sair por oito dias, foi diferente: “Cristo estava me fazendo sair de uma grande escravidão da qual nunca havia conseguido sair antes, a escravidão das drogas. Ao sair, passei os oito dias com minha mulher e meus filhos e foram dias muito preciosos, especiais, e completamente diferentes das outras vezes que os encontrei. Antes de ser preso, estar em casa não significava nada para mim, constantemente eu saia do meu lar para procurar os meus amigos e ver onde poderia roubar para ter dinheiro.”
O DIA EM QUE PASQUALE DEIXOU A PRISÃO
Ao voltar para o cárcere, os catequistas reuniram com alguns detentos para juntos celebrarem a Eucaristia. Na metade da celebração dois seguranças avisaram á Pasquale que ele estava completamente livre e que poderia sair da prisão” O padre os catequistas me motivaram a sair porquê eu já poderia ser livre, mas eu insistia em permanecer na prisão, porquê queria esperar a Eucaristia terminar. Os guardas disseram que eu estava louco pois nunca haviam visto uma pessoa que não queria deixar a prisão.” Quando por fim Pasquale saiu, o caminho do mal e do bem se apresentaram a ele, mas ele escolheu a caminhar na décima comunidade de San Giacomo apesar de ter dificuldades para participar das celebrações e convivências, pois muitas vezes faltava o dinheiro para comer e da gasolina. Mas foi nesse momento que Pasquale experimentou a providência divina.
Ele e sua esposa se casaram na Igreja e um de seus catequistas foi o padrinho na celebração.
OS IRMÃOS QUE ACOMPANHAM
Algum tempo depois, Pasquale foi chamado a comparecer em um tribunal por causa de um antigo problema envolvendo a venda de drogas. Desta vez, não tinha medo de voltar para a prisão mas sentia vergonha de sua família e comunidade. “ O senhor me mostrou o tamanho de sua paternidade também neste acontecimento, não me deixando sozinho, os irmãos da comunidade também compareceram no dia do julgamento e em um momento eles rezaram comigo. Graças a essas orações e a ajuda do Senhor, o juiz me disse que eu era livre e não precisava ser preso novamente.”
Depois de muitos anos no Neocatecumenato, Pasquale que antes era conhecido na região em que morava como o grande traficante de drogas passou a ser conhecido como alguém que só falava de Cristo. “Alguns amigos de infância que também vendiam drogas estão começando a escutar as catequeses também” diz ele.
“ Quero agradecer ao Caminho Neocatecumenal porquê se não o houvesse conhecido, ainda estaria vendendo drogas, estaria prejudicando as pessoas. O Senhor foi muito bom e foi o único que não me condenou por causa dos pecados cometidos. Eu experimentei a felicidade de ter vários outros filhos, de me sentir verdadeiramente PAI, e de poder ensinar aos meus filhos que sempre que errei muito durante minha vida, porém Cristo me aceitou da forma que eu era com todos os meus pecados” finaliza Pasquale.
Retirado e traduzido do site: Cruz Gloriosa

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